A obra de josé Patrício é constituída pelo agrupamento de peças industriais, um agrupamento que pode se repetir, invariável, infinitas vezes. Nessa obra, a superfície pictórica pode se transformar aos nossos olhos em um agrupamento sistemático de peças de dominó e voltar a ser pintura. Ou ser ambas as coisas ao mesmo tempo. O dominó se torna elemento rítmico da composição, sem perder as qualidades do plástico, seu peso, a temperatura que sabemos que tem, a maneira como sabemos que cada peça se encaixa na mão; o barulho que as peças fazem quando são muitas e se chocam e a projeção mental das combinações necessárias para ganharmos o jogo.
Este texto foi originalmente escrito para o catálogo da exposição O Plano Ampliado, reunindo os artistas Giancarlo Lorenci, Jarbas Lopes, José Patrício, Karina Marques e Vicente Martinez, dentro do programa Rumos Visuais Itaú Cultural, São Paulo, em 1999.
José Patrício’s work consists of the grouping of industrial components, a grouping that can be repeated, invariably, ad infinitum. In this piece, the pictorial surface can transform itself in our eyes into a systematic grouping of dominoes and return to being painting. Or represent both at the same time. The domino becomes the rhythmic element of the composition, without losing the qualities of plastic, its weight, familiar temperature, the way we know each piece fits in the hand; the noise that the pieces make when there are too many of them and they collide, and the mental projection of the combinations necessary to win the game.
Taken from the exhibition catalogue O Plano Ampliado (The Amplified Field), bringing together artists Giancarlo Lorenci, Jarbas Lopes, José Patrício, Karina Marques and Vicente Martinez, within the Rumos Visuais Itaú Cultural programme.